terça-feira, 23 de outubro de 2012

RENOVAÇÕES


Pausar para refletir ou refazer.
Nunca estacionar para censurar ou lamentar.
Em toda parte e em qualquer tempo, vermos a vitalidade do Universo a exprimir-se, incessantemente.

Árvores lançam fora de si as folhas inúteis e deitam vergônteas novas.
Sementes lembrando fragmentos cadaverizados da Natureza são confiadas à terra que as fecunda, transfigurando-as com o tempo em gigantes do plano vegetal.
Em teu próprio corpo, o princípio da ação constante se manifesta; enquanto te guardas independente na esfera dos próprios pensamentos, milhões de células trabalham em teu favor.

Alimentas-te e não te preocupas com os fenômenos da nutrição. Dormes e múltiplas operações fisiológicas se efetuam em ti, sem que precises tomar disso imediato conhecimento.
Queiramos ou não reconhecer a verdade, estamos mergulhados no oceano da Energia Divina, tanto quanto o peixe dentro d’água.
Nós, porém – as criaturas humanas – somos almas conscientes, erguidas ao regime da responsabilidade pessoal ante os privilégios da razão, e, conquanto “existamos e nos movamos em Deus”, conforme a feliz assertiva do apóstolo Paulo, somos livres para pensar, imaginar, criar e estabelecer, gerando causas e conseqüências na esfera de nossos próprios destinos. Daí, a necessidade de nos enquadrarmos nos planos do Supremo Pai, quanto à edificação da felicidade de todos, aceitando e abençoando as renovações que se nos façam indispensáveis.
Acreditar na força do bem e cooperar com ela, na sustentação da harmonia geral, é imperativo da Lei Divina, de cuja execução não nos é lícito desvencilhar.

Se intimados pelas circunstâncias a necessárias alterações na experiência cotidiana, louvemos a Divina Providência e vejamos como dirigir convenientemente as nossas possibilidades para que se faça o melhor com o nosso auxílio, na obra do progresso e do aprimoramento em nós e fora de nós.Em quaisquer óbices que nos tentem barrar a jornada evolutiva, procuremos a superação deles, através da ação contínua no bem de todos.
Comparemos a nossa tarefa a um navio lançado ao mar.

Tempestades sobrevém e rochedos surgem, obrigando-nos, muitas vezes, a mudanças de rumo; no entanto, se cada um de nós se mantém fiel no posto de trabalho a que foi conduzido,
com aplicação sincera ao próprio dever, nenhum perigo nos impelirá a desastre, porque, se o homem coopera, Deus opera, e se nós – a Humanidade – somos a equipagem na embarcação enorme do mundo, é preciso jamais esquecer que Deus está no leme.


Fonte: texto extraído do Livro "Encontro marcado" de Chico Xavier (Emmanuel)

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